As primeiras décadas da República são em geral caracterizadas como um período de absoluta exclusão, em especial para trabalhadores negros e pardos deixados de lado por uma abolição que não se preocupou com seu acesso à cidadania. Como resultado, esses sujeitos são muitas vezes representados como vítimas passivas do novo regime em seus primeiros tempos. É na contramão dessa ideia que se desenvolve o argumento deste livro. Sua proposta é a de analisar como homens e mulheres afrodescendentes fizeram de seus clubes dançantes e carnavalescos um meio de inserção na nova ordem republicana. Divertindo-se com seus maxixes, forrobodós e sambas, eles desnudaram as contradições daquela ordem que tentava excluí-los, assumindo papel ativo no próprio processo de redefinição da nacionalidade que se afirmaria ao longo da década de 1920.
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